sexta-feira, 26 de junho de 2009

investigação sobre a permanência.

Às tres e meia é hora de sair de casa. Hora de dobrar o computador, enfiá-lo na mochila, e sair para procurar um lugar tranqüilo onde eu possa estar perto do desconhecido. Aprendi a sempre guardar o melhor do dia para o seu final respeitando as limitações da cidade em que estou.
Aqui o fim do dia é quando os engravatados invadem o café e falam sobre a vida e sobre os dramas da repartição. À medida que cafés ganham ansiedades, as rodas adquirem celulares, o que abre fáceis motivos para avançar a cerveja na esquina. Cumprem seus cafés assim como cumpriram seus trabalhos do mesmo jeito que cumprirão a sua noite e toda a sua vida. A cidade se movimenta em ondas. 
Eu sempre duvidei da solidão nas grandes cidades. A solidão mora no interior. No lugar mais distante dentro de você mesmo.

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