terça-feira, 23 de junho de 2009

Estou emperrado em uma estória. Na verdade já faz mais de um mês que a estória não anda. Eu olho e pergunto: e agora? para onde você vai? para onde você quer ir?

Ela não responde nada. Fica quieta, olha para todos os dedos nas duas mãos. Quando insisto, continuava olhando para si mesma. Como se a resposta estivesse nela. A resposta está nela.

Tão rápido eu coloquei um inicio, um meio e um fim, que a pobrezinha ficou sufocada. E eu preciso de 17 páginas para contar essa estória, mas havia usado apenas seis. 

Esse livro é quase uma obsessão formal. Tudo precisa acontecer de uma forma simétrica tendo sempre o triangulo como referencia principal.

Embora as histórias tenham uma tendência a brotar em pares, nesse livro elas são forçadas a nascer no formato de um triangulo.

As borboletas sempre nos surpreendem.



Não sei se é fragilidade ou a beleza nas suas asas. Tudo o que a borboleta faz é motivo para espanto. As pessoas bonitas assustam muito mais do que as pessoas normais. como nós. Tudo o que as pessoas bonitas fazem é inesperado. É preciso mais cuidado em si quando elas estão perto. Nos desviam de nós mesmos. 



O telefone toca, mas eu não preciso atender. São poucos os números de telefone que preciso atender. São poucos os números de telefone que ligam para mim. Tomei muito cuidado para não construir uma vida em cima de telefones. Tomo muito cuidado para não ser esperado. Desapegar a expectativa alheia é tarefa eterna. com o tempo vai ficando mais fácil. Assim como cuidar da terra ou alimentar um animal. com o tempo vai ficando mais fácil.

É preciso certeza.

Atravessar requer certeza.

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