segunda-feira, 25 de maio de 2009

letter to hermione

any
estou eu aqui.... vagando a tarde... pensando pensando pensando. reescrevendo o livro para o minc. a primeira parte estava muito tatibitati. odeio esse expressão, mas foi a única coisa que consegui pensar para definir essa primeira parte. sabe quando você reconhece fragmentos de um outro texto contaminando a história seguinte? sabe quando você precisa eliminar qualquer vestígios de uma história anterior? estou falando sobre amores. sobre cada um no seu quadrado.

aqui nessa cidade louca tenho vizinhos que estão muito mais perto do que eu poderia imaginar. esse seria um email para você. todos nós estamos muito mais expostos do que jamais pudemos imaginar. eu não sei quem lê as coisas que escrevo. nunca saberei. eu não sei quem vê os meus olhos do outro lado da janela. prefiro não saber. aqui nessa cidade louca os olhos são muito mais espertos do que os seus. não falo dos seus olhos. falo dos olhares que mandam para você.

um dia vou escrever um livro falando sobre os olhares de lajeado. sobre como os olhares de lajeado olham para dentro de nós. até quando vamos viver acreditando que são eles os culpados de todas as nossas culpas? quanto ainda precisaremos viver para reconhecer em cada olhar de lajeado um longo, profundo e doloroso olhar para dentro de si. a culpa não é deles. eles, coitados, não podem enxergar a beleza com a intensidade que nós ousamos. nós ousamos por que sabemos partir. eles não. os condenados a ser lajeado precisam cautela para não enlouquecer dentro de si, olhando para fora.

tudo é meio assim. e eu sigo acreditando que a sabedoria da torneira estragada é ser uma gota de cada vez.

2 comentários:

B. disse...

Lindo! Com esses textos incríveis não sei como vc tem coragem de ler e ainda escrever alguma coisa dos meus rabiscos...

lrp disse...

patatipatatá?

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