sexta-feira, 31 de julho de 2009

Google Maps Beats

Jackson não é apenas o Jackson City Hall. Eu nunca entrei no Jackson City Hall, mas visto de fora, tem cheiro de oficialidade americana e, só de passar na frente, é como se o nosso olhar fosse contaminar a pureza protestante que mantém a ordem da cidade.

Alabama. Esse lugar que eu só conhecia em música. 

Todas as bandas do Vale do Taquari vão tocar “Sweet Home Alabama” em alguma hora da noite, assim como todas as rádios do Vale do Taquari vão tocar “Stairway to heaven” na madrugada. Não importa a hora, se passou da meia noite, “Stairway to heaven” vai tocar em alguma estação das rádios que pegam por lá. 

Mas Alabama, Vale do Taquari e “Stairway to heaven”, nada disso faz parte do dia de hoje. Hoje eu estou em Jackson e amanhã, se tudo der certo, atravessaremos o Texas. Repetir assuntos é obrigação do companheiro de viagem e ser parceiro é só mais uma palavra para preferir estar só: eu sou parceiro de poucos. 

Alguns pensam que podem trabalhar usando a força dos meus braços, usando a agilidade dos meus contatos e a criatividade do meu cérebro. 

Aqui em Jackson o mundo anda no tempo de um folk dos anos noventa. Quando os velhos uivavam para o lua e os últimos suspiros das suas juventudes eram gastos em canções sem muita importância. Auto-afirmar-se é uma das muitas utilidades do folk, mas nem sempre dá certo. Hoje os coiotes envelheceram e a matilha vela a primeira geração antes do próprio fim chegar. Tudo é uma questão de tempo tanto para os que vivem em Jacskon, quanto para os que vivem em Lajeado. 

Mas aqui em Jackson, ao contrário da cidade onde tu está agora, a iminência da partida é só um jeito de não pertencer. 

















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