quarta-feira, 29 de julho de 2009

a minha vida não tem nada a ver com a sua.

Quando eu era criança e cogitava morrer amanhã, sempre pensava no mundo que eu não consegui conhecer pq vivia naquela cidade. 
Hoje, quando cogito morrer amanhã, é o mundo que eu não conheci naquela cidade que me faz sorrir em paz. É bom ser otimista e muito mais certo das próprias indecisões. Decidir também é oposto de ficar onde se está. Sempre será melhor o arrependimento à angustia do que não foi tentado.
É infantil deslumbrar-se com o arco-íris. É lugar comum tentar te explicar a beleza do lugar de onde eu venho. Só quem viveu lá. naquela cidade, dentro daquele quarto, dormindo exatamente naquela cama e convivendo com aqueles fantasmas sempre que a noite terminava. Ninguém entende como eu as belezas daquele mundo. 

Em uma tarde de domingo eu, meu pai e minha irmã menor, construímos um enorme balão de papel de seda. Passamos a tarde inteira envoltos naquela fina armação de arame. Manipulando lâminas coloridas e projetando o vôo sobre as longas noites de junho no céu do Rio Grande do Sul. O balão não voou. Não era esse o nosso objetivo. Construir sobre o irreal. Era isso o que meu pai tentava me explicar.


E, hoje, poucas pessoas sacam a importância da moeda sobre o braço da vitrola. A sabedoria é analógica. A raiz mais forte sobreviverá para continuar contando a própria história depois da explosão.













na vitrola toca a-ha (crying in the rain). poucos sacam a importância de um travessão e de um trovão no começo de uma música.

Um comentário:

quasechuva disse...

eu sim eu sim
né que
quase chuva quase chuva

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