quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

converso com você no skype e toca cat power. se os nossos blogues são terapias, vamos entrar um pouco mais fundo nelas. o mapa do mundo está colado na frente da minha mesa, atrás do meu computador e ele é a coisa mais perto de mim aqui nesse quarto apertado. até quando vou escrever em quartos apertados. o quanto nós ainda precisaremos dos quartos apertados ninguém pode dizer. nem nós mesmos. o mundo que você habita agora eu não sei qual é. não sei o tamanho da floresta negra para saber se devo ou não me preocupar com você. não sei se aí existem duendes. na irlanda eu sei que existe, mas não sei se eles algum dia chegaram na alemanha. na época em que as pequenas florestas e os grandes bosques de carvalho eram todos uma coisa só. para eles as rotas eram menos complicadas naquela época. viviam mais próximos. conectados em uma rede que enviava sinais significando árvores. ventos. florações. falavam por uma rede secreta. a linguagem das plantações. você também nota que a nossa voz está mudando? pouco a pouco perco as referências da forma como você falava. às vezes fico pensando que nos conhecemos através das palavras escritas mais do que as palavras ditas. enfim. eu sempre vou para longe quando converso com você. não importa onde você esteja. e esse texto vai ao ar sem ser lido duas vezes. algumas coisas precisam de certeza para acontecer. e coragem para serem admitidas. 

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